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Os restaurantes Marlene, em Lisboa, e Blind, no Porto, conquistaram sua primeira estrela Michelin, tornando as chefs Marlene Vieira e Rita Magro as primeiras mulheres a receber essa distinção no segundo ano da edição independente do guia para Portugal. Oito restaurantes receberam sua primeira estrela.
“O sonho guia a vida, e este é um sonho realizado”, disse Marlene Vieira, visivelmente emocionada ao agradecer a estrela concedida ao seu restaurante homônimo.
Equipe do restaurante Marlene, em Lisboa, com a chef Marlene Vieira ao centro
Rita Magro, ao lado do chef Vítor Matos, também celebrou a conquista de uma estrela Michelin para o Blind. “Foi uma longa jornada. Difícil, sofrida, mas finalmente chegamos lá”, afirmou Rita, já premiada como jovem chef do ano em 2024, destacando que o prêmio é resultado do trabalho de “uma equipe que escolhe, todos os dias, dar o seu melhor”.
Os chefs Vítor Matos e Rita Magro comandam o restaurante Blind, inspirado na obra de José Saramago “Ensaio Sobre a Cegueira”
A primeira chef portuguesa a receber uma estrela Michelin foi Maria Alice Marto, em 1993, com o restaurante Tia Alice, em Fátima.
Outros restaurantes estrelados pelo Guia Michelin
Além do Marlene e do Blind, também receberam uma estrela Michelin os restaurantes Arkhe (João Ricardo Alves, Lisboa), Grenache (Philippe Gelfi, Lisboa), Oculto (Hugo Rocha e Vítor Matos, Vila do Conde), Palatial (Rui Filipe, Braga), Vinha (Jonathan Seiller e Henrique Sá Pessoa, Vila Nova de Gaia) e Yoso (Habner Gomes, Lisboa).
No total, o guia deste ano lista 38 restaurantes com uma estrela, reconhecimento dado a uma “cozinha de alto nível, que vale a parada”.
Os oito restaurantes que já tinham duas estrelas Michelin mantiveram a distinção este ano. Essa categoria, que destaca uma “cozinha excelente, que vale o desvio”, inclui os restaurantes Vila Joya (Dieter Koschina, Albufeira), Il Gallo d’Oro (Benoît Sinthon, Funchal), Casa de Chá da Boa Nova (Rui Paula, Leça da Palmeira), Belcanto (José Avillez, Lisboa), Alma (Henrique Sá Pessoa, Lisboa), Ocean (Hans Neuner, Porches), Antiqvvm (Vítor Matos, Porto) e The Yeatman (Ricardo Costa, Vila Nova de Gaia).
Portugal ainda não possui restaurantes com a classificação máxima de três estrelas, que destaca “uma cozinha excepcional, que justifica a viagem”.
Durante a cerimônia, foram anunciados cinco novos restaurantes com o selo Bib Gourmand, que reconhece um bom custo-benefício (com preços na faixa de 45 euros – cerca de R$ 270): Canalha (João Rodrigues e Lívia Orofino, Lisboa), Contradição (Óscar Geadas, Bragança), Oma (Luis Moreira, Porto), Pigmeu (Miguel Azevedo Peres, Lisboa) e Terruja (Diogo Caetano, Alvados). Agora, Portugal conta com 37 restaurantes nessa categoria.
O prêmio de Jovem Chef foi concedido a José Diogo Costa (William, uma estrela, Funchal). Já o prêmio de Melhor Serviço de Sala foi para Nelson Marreiros (Ocean, duas estrelas, Porches), e o de Melhor Sommelier foi entregue a Marco Pinto (Fifty Seconds, uma estrela, Lisboa).
Portugal também ganhou mais um restaurante com a Estrela Verde, que reconhece a gastronomia sustentável: Encanto (José Avillez, uma estrela, Lisboa), totalizando agora seis estabelecimentos nessa categoria.
Além disso, 35 novos restaurantes foram recomendados no guia, sendo 12 na região do Porto e Norte, 10 na região Centro e Lisboa, e 13 nas regiões do Alentejo, Algarve e Madeira.
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