Das várias contratações do ano de 2024 do Corinthians, poucas deram tanto resultado como André Carrillo. O peruano, que chegou como um desconhecido, vindo do Al Qadsiah, que estava na segunda divisão da Arábia Saudita, foi indicado pelo técnico Ramón Díaz, com quem já havia trabalhado, e rapidamente se tornou uma das referências da equipe.
O jogador de 33 anos, que pode jogar em várias posições, aos poucos foi entrando no time e não saiu mais. Alguns meses depois, ele conquistou seu primeiro título com a camisa do Alvinegro, no Campeonato Paulista, e explicou como foi seu processo de adaptação em um clube que não vivia uma grande fase, mas conseguiu se recuperar.
“Quando cheguei, sabia que o time não estava na melhor condição. Sabia que a pressão era muito grande, mas eu tinha muita confiança em mim. Eu tinha zero responsabilidade no começo, cheguei sem pressão nenhuma. A gente estava em uma posição ruim no campeonato, e eu sabia que pior não ia fazer. Transmiti isso aos colegas, passei tranquilidade e confiança e isso ajudou a equipe e hoje está dando tudo certo.”
Com passagens por clubes como Benfica, Sporting e Watford, Carrillo não pestanejou ao apontar o Corinthians como “o maior time que já jogou”. Segundo ele, o que ajudou a chegar nessa conclusão é a paixão dos torcedores.
“Todo mundo sabe que a torcida do Corinthians é diferente. Cada jogo é uma loucura diferente. A torcida faz a diferença”, disse, elogiando o nível do futebol brasileiro: “Já joguei em vários lugares do mundo e acho que o campeonato de mais qualidade e mais competitivo é aqui. Aqui são 10 ou 12 times que são gigantes.”
Jogador de carreira internacional e uma das referências corintianas, o peruano defendeu sua seleção na Data Fifa e precisou fazer um grande esforço para jogar a final contra o Palmeiras. Porém, para ele, não existia a menor possibilidade de ficar de fora desse jogo, apesar do cansaço físico.
“Em uma final, representando uma instituição tão grande, não existe cansaço. Fisicamente eu senti que estava cansado, mas na cabeça eu sabia que ia entrar no jogo e não ia pensar no cansaço. Eu pensava só em ganhar o troféu.”
Após o título do Paulistão, o Corinthians agora muda o foco e, neste domingo (30), já estreia no Brasileirão, contra o Bahia, fora de casa.
