O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, iniciou a sessão de julgamentos desta quarta-feira (5) com uma “retificação” de seu discurso, na última segunda (3), em que defendeu o Judiciário de críticas sobre as despesas desse poder.
Na reabertura do ano judiciário, ele declarou que Judiciário, Ministério Público e a Defensoria Pública custaram R$ 132,8 bilhões, ou 1,2% do PIB. Na rede social X, usuários apontaram um erro, citando dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), segundo o qual o valor se refere apenas às despesas do Judiciário em 2023, sem, portanto, MP e Defensoria.
“Em relatório do Tesouro Nacional ao qual tive acesso, no cálculo do custo do Poder Judiciário estavam incluídos, igualmente, o Ministério Público e a Defensoria Pública. Retive essa informação. No entanto, nos dados divulgados pelo Justiça em Números, publicados pelo Conselho Nacional de Justiça, os custos dessas duas instituições não estavam computados. Foi, portanto, uma informação imprecisa que venho retificar na primeira oportunidade”, disse Barroso nesta quarta.
O relatório “Justiça em números 2024”, publicado no ano passado pelo CNJ, órgão também presidido por Barroso, informa que, em 2023, a despesa total do Poder Judiciário somou R$ 132.753.957.654, sendo R$ 119,7 bilhões (90,2%) com salários e benefícios de juízes e servidores, e R$ 13 bilhões com outras despesas. No total, o Judiciário tem 18.265 juízes, 275.581 servidores e 152.688 auxiliares.