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Ata do Copom alerta sobre política fiscal e destaca inflação

A ata da primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sob o comando de Gabriel Galípolo mantém o tom de alerta sobre os riscos da política fiscal, uma constante durante a gestão de Roberto Campos Neto, e destaca a piora do cenário de inflação.

No encontro da semana passada, o colegiado – responsável pelas decisões de política monetária do Banco Central – elevou a taxa de juros em 1 ponto porcentual (pp), para 13,25% ao ano, conforme havia “prometido” em dezembro. A ata publicada nesta terça-feira (4) mantém a indicação de outro aumento de 1 pp na próxima reunião, em março.

No entanto, o Copom optou por não apontar que decisão pode tomar na sequência – isto é, nos encontros de maio em diante.

“Para além da próxima reunião, a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação (…), das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, diz o texto.

O ponto mais incisivo da ata do Copom diz respeito à piora do cenário de inflação, ressaltando o aumento dos preços de alimentos, possíveis altas em produtos industrializados, a aceleração da inflação de serviços e as revisões – para cima – nas projeções do mercado financeiro para o IPCA.

“Os preços de alimentos se elevaram de forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano e da elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi. Esse aumento tende a se propagar para o médio prazo em virtude da presença de importantes mecanismos inerciais da economia brasileira”, aponta o documento.

“Com relação aos bens industrializados, o movimento recente do câmbio pressiona preços e margens, sugerindo maior aumento em tais componentes nos próximos meses. Por fim, a inflação de serviços, que tem maior inércia, segue acima do nível compatível com o cumprimento da meta em contexto de atividade dinâmica e acelerou nas observações mais recentes”, prossegue a ata.

O texto observa que as expectativas de inflação de diferentes grupos subiram “de forma significativa em todos os prazos” e ficaram ainda mais desancoradas, ou seja, distantes da meta perseguida pelo BC – que é de 3%, com tolerância até 4,5%. No momento, a mediana das projeções coletadas pelo Boletim Focus, do BC, indica inflação de 5,51% ao fim deste ano.

“A desancoragem das expectativas de inflação é um fator de desconforto comum a todos os membros do Comitê e deve ser combatida”, afirma a ata.

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