Livre no mercado desde julho de 2024 quando deixou o comando do Corinthians, António Oliveira concedeu entrevista ao “Charla Podcast” e explicou a decisão tomada em abril do ano passado de barrar o goleiro Cássio, um dos maiores ídolos da história do Timão, e como foram as conversas com o veterano que atualmente está no Cruzeiro.
Na época, o Corinthians havia flertado com o rebaixamento no Campeonato Paulista e vinha de um início ruim no Campeonato Brasileiro, com um empate (Atlético-MG) e duas derrotas (Juventude e Red Bull Bragantino), com o goleiro acumulando falhas ao longo do primeiro semestre.
Com isso, António Oliveira mandou Cássio para o banco e escalou Carlos Miguel, hoje no Nottingham Forest, entre os titulares. “Nós treinadores somos líderes e pagos para tomar decisões. E todas as decisões geram desconforto. Portanto, são as mais difíceis”, iniciou.
“Comigo, o Cássio foi sempre titular, tirando um jogo em que ele estava lesionado. Até que chega um momento em que eu tenho que defender o jogador, o treinador, a equipe e o clube. E eu acabei por tomar essa decisão”, explicou o português, que elogiou a postura de Cássio em meio às conversas.
“Disse a ele: ‘Cássio, quem sou eu para tomar essa decisão perante o maior ídolo da história’. Eu tive grandes goleiros, mas o Cássio é o maior e melhor, é inquestionável. Só que eu não posso misturar as coisas. Tomei essa decisão pensada, refletida e achei que era o melhor naquela altura”.
“Deixei a critério dele, se quisesse solucionar sua situação ou ir para o banco. Para mim qualquer uma estaria perfeito. Ele disse: ‘Vou para o banco’. Foi extremamente profissional”, finalizou o português.
A passagem de António Oliveira pelo Corinthians se encerrou no dia 2 de julho de 2024 logo após uma derrota do Timão, para o arquirrival Palmeiras, no Allianz Parque, por 2 a 0. O português teve 51,7% de aproveitamento nos pontos disputados: 12 vitórias, nove empates e oito derrotas em 29 jogos.