O Palmeiras corre o risco de ser eliminado ainda na fase de grupos do Campeonato Paulista neste domingo (23), quando visita o Mirassol, no Estádio José Maria de Campos Maia. O adversário e o local trazem pesadelo para o torcedor alviverde.
Não tem como lembrar do que aconteceu no dia 23 de março de 2013. Em partida válida pela 15ª rodada do Paulistão, o Palmeiras sofreu uma das maiores goleadas da sua história ao perder para o Mirassol por 6 a 2. Todos os gols saíram ainda no primeiro tempo.
A histórica partida ainda está fresca na memória de Caion, que marcou dois gols do Mirassol na goleada. Em entrevista exclusiva à ESPN, o atacante de 34 anos, que atualmente está no Joinville, acredita que o placar poderia ter sido ainda mais elástico se o time do Leão não tivesse diminuído o ritmo depois do intervalo. Teve, inclusive, jogador do Palmeiras pedindo “arrego”.
“Foi um dia totalmente histórico. A gente vinha de quatro resultados negativos, e precisava de qualquer jeito ganhar aquele jogo. Nós íamos pegar o Palmeiras, né? Entregamos tudo naquele dia, e aconteceu o que aconteceu. O 6 a 2 até hoje é lembrado. Fico feliz de ter participado daquele jogo e ter feito dois gols. Saímos do intervalo sem acreditar. O Palmeiras tinha acabado de ser rebaixado no ano anterior para a Série B, mas mesmo assim, era o Palmeiras”, comentou.
“Quando o Palmeiras faz os dois gols, a gente olha um para o outro e fala: ‘Não é possível que esses caras vão empatar o jogo’. Fomos para o vestiário confiantes. Voltamos para o segundo tempo e demos aquela maneirada, ficamos mais atrás para não arriscar levar mais gols. Mas não tiramos o pé não. Acho que dava para ter feito mais gols ali, porque os caras estavam muito abertos no segundo tempo”, lembrou.
“Eu conhecia o Ayrton, lateral-direito do Palmeiras, já tínhamos jogado juntos. Ele me olhava assim e pedia: ‘Para, velho, já está bom né. Para com essa correria aí’ (risos). A gente tinha que aproveitar, né? Quando estamos em um time de menor expressão que joga contra uma equipe grande, a gente quer mostrar e dar nosso melhor. Estávamos jogando contra o Palmeiras. Então o que a gente podia fazer naquele jogo ali era se entregar, né? O Ayrton, ele olhava assim e falava: ‘Para de correr, cara. Eu vou te dar uma’. Fizemos um grande jogo e conseguimos segurar o placar no segundo tempo”, completou Caion.
A goleada, porém, não foi o bastante para livrar o Mirassol do rebaixamento à Série A2 do Paulista.
Neste domingo (23), o torcedor do Palmeiras espera que o desfecho seja outro. Mas só a vitória não é o bastante para garantir a classificação às quartas de final do Paulistão. O time de Abel Ferreira também precisa torcer por um tropeço da Ponte Preta para o Red Bull Bragantino, em Campinas.
O Palmeiras é o terceiro colocado do Grupo D, com 20 pontos, a dois da vice-líder Ponte Preta. Em caso de empate na pontuação, o Verdão levaria vantagem no saldo de gols. Líder, com 23 pontos, o São Bernardo já está classificado.