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Domingo, 13/Abril/2025

Abel vê Sport dando muito trabalho e diz: ‘Luta por outros objetivos’

O Palmeiras não teve vida fácil diante do Sport neste domingo (6), na Ilha do Retiro, e só venceu com gol de pênalti já nos acréscimos. E após o triunfo por 2 a 1 pelo Brasileirão, Abel Ferreira destacou as qualidades da equipe pernambucana.

Em coletiva, o comandante do Verdão disse que o Sport vai dar muito trabalho no Brasileirão e elogiou o técnico Pepa, que é seu compatriota e ele conhece bem.

Abel ainda falou sobre a dificuldade de jogar em um estádio lotado, onde tanto a torcida da casa quanto a visitante se fizeram presentes.

“Não é a primeira, nem a segunda, terceira, quarta, quinta, sexta, sétima, oitava, nona, décima (vez) que fazemos gols depois ou no fim. Já aconteceu algumas vezes. É algo que esta equipe (Palmeiras) tem dentro, independentemente de quem jogar, o jogo só acaba quando termina, sabendo que dentro do jogo temos que passar por muitas dificuldades. Como eu já aprendi aqui, o futebol brasileiro não é para amadores (risos), é difícil, muito jogo, pouco treino, muita viagem. Jogar com uma equipe (Sport) super empolgada, muito bem treinada, vinha de um sucesso há três, quatro dias. Vamos ver quantas equipes vão conseguir passar aqui, sei que essa equipe (Sport) em casa vai dar muito trabalho, se a diretoria e os torcedores derem tempo”, começou por dizer.

“Com todo respeito, o Sport luta por outros objetivos. Uma equipe grande é isso, nem sempre joga bem, é verdade que eu ando à procura da melhor dinâmica para ajudar estes jogadores. Em função da viagem temos que trocar e arriscar muitas vezes, mas tem que ser assim, não há outra forma. Isso para mim, enquanto treinador, me faz melhor. O futebol brasileiro não é para amadores. Dar os parabéns às duas torcidas, eu particularmente adoro quando entro no estádio e não cabe uma agulha, como foi hoje, não havia espaço para mais nenhum, isso é muito bonito. De um modo geral as torcidas se respeitaram, isso é bom para o futebol, bom para o fair play”, prosseguiu.

“As duas equipes jogaram um jogo duro, mas leal, dos dois lados. Um jogo que eu sabia que seria difícil pela empolgação e confiança que o nosso adversário tinha e por conhecer o treinador do outro lado (Pepa), que prepara as equipes muito bem, e sentimos isso na pele o jogo todo. Uma vitória arrancada com muito trabalho, com muito suor, não com 11, mas com os 23 que estão conosco. Até para fazer a convocatória para mim é muito fácil, o diretor pergunta e digo ‘pode fazer a sua convocatória, coloque todos que estão disponíveis’. É bom porque nos dá confiança. O importante é que o espiríto se mantém, o grupo se mantém unido, em um campeonato que é muito competitivo.”

O técnico alviverde ainda falou sobre a postura do Palmeiras e disse que a busca pelo resultado positivo em todos os jogos está no DNA do time.

“A parte do ir buscar, quando ninguém acreditava fomos buscar a final do Paulistão, todos batendo (no Palmeiras), e fomos buscar mais uma vez, talvez colocando em risco e perdendo guerreiros como perdemos. Esse Paulistão nos custou muito no que tem a ver com os jogadores que perdemos, o primeiro jogo oficial foi ao final de sete dias, isso não existe em lado nenhum. Eu falei, muitos jogos, pouco tempo para treinar, muito trabalho a fazer, e essa é a minha parte. O treino que fizemos foi ontem à noite, mostrar vídeos, entender as dinâmicas, e ainda ando a procura delas, confesso. Os nossos (camisas) 5 temos que entender se posso dar a eles outra dinâmica para deixá-los de frente para o jogo, vamos seguramente encontrar isso. Esse espírito de ir buscar até o último minuto é nosso, é do nosso DNA, é o nosso Palmeiras, é o Palmeiras que estou acostumado desde que chegamos”, disse, falando também sobre a gestão do elenco para a temporada.

“Esse é o meu maior desafio. É antes do jogo, olhar para o jogo e entender onde vai dar e como é que eu posso gerir isso tudo. E depois é em função do resultado ir atrás do que o resultado está pedindo. Se estivesse vencendo por 1 a 0, 2 a 0, as substituições teriam sido outras, mais de equilíbrio, contenção, refrescar. Queríamos ir atrás do resultado, somos uma equipe grande, temos que ganhar quando jogamos bem e quando não jogamos tão bem. É assim que funciona. Não é com o Palmeiras, é com todas as equipes que lutam por títulos, difícil manter. O que é isso ‘jogar na máxima força’? É muito difícil jogar na máxima força no Brasil, vocês sabem que eu já falei muito, temos que fazer uma gestão de energia para jogar na máxima força. Mas que máxima força é essa? É jogar com o celular com a bateria com 70%, 80%? É fácil de notar no jogo, a decisão dos nossos jogadores, é muito fácil ver os que estão mais frescos e os que estão mais pesados”, prosseguiu.

“Eles correm, eles vão, lutam, e essa garra de lutar até o fim, custe o que custar, fazer o que for preciso para ganhar, eles vão. Mas você vê um ou outro que ainda não estão com aquela clarividência, muitos por acumularem jogos seguidos. A gente vê o Micael, talvez tenha feito mais jogos em um mês do que no campeonato que esteve o tempo todo nos EUA. Mas a atitude está lá, e isso para mim é o que eu mais gosto. Por isso que eu digo que é muito difícil jogar na máxima força. Eu sei que o meu colega foi criticado por fazer uma gestão quando foi jogar ao São Paulo, pelo rodízio, (fez o rodízio) porque queria ganhar um título, queria chegar na máxima força para conseguir correr o que fosse preciso para ir atrás de um título, que foi justo, merecido, nos pênaltis. Mas são decisões que o treinador tem que tomar. Só que depois você perde um jogador, dois, por lesões, por castigos, e precisa de jogadores que te dão dinâmica. Eu, por muito que eu queira, eu sou pior ou melhor treinador se eu jogar com ou sem o Estêvão? O Guardiola diz que o que faz dele melhor treinador são os jogadores, e o Estêvão é daqueles jogadores que quando está bem ajuda os treinadores a serem melhores. Não há milagres.”

No Recife, Flaco López abriu o placar para o Palmeiras, de pênalti, mas poucos minutos depois o Sport empatou com Chrystian Barletta. Nos acréscimos da etapa final, Piquerez, novamente da marca da cal, fez 2 a 1.

Próximos jogos do Palmeiras:

www.espn.com.br – FUTEBOL

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