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Acusados de plano de sequestro contra Moro são condenados

Em uma ação que tramita em segredo, a Justiça Federal no Paraná condenou oito pessoas por organização criminosa e tentativa de extorsão mediante o sequestro de Sergio Moro (União), ex-juiz da Lava Jato e senador pelo Paraná. Pelas redes sociais, Moro agradeceu o trabalho da Justiça, do Ministério Público e das polícias do Paraná e de São Paulo.

O caso foi investigado pela Operação Sequaz, que desarticulou um plano do PCC para matar ou sequestrar Moro. Criminosos rondaram a casa dele em Curitiba por ao menos uma semana durante o período em que o plano estava sendo preparado. De acordo com a Polícia Federal, ataques do PCC ocorreriam de forma simultânea no Paraná e em São Paulo contra vários alvos, um deles o senador paranaense.

As investigações indicaram que o plano contra Moro foi planejado pelo PCC como uma forma de retaliação contra medidas tomadas pelo ex-juiz quando foi ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro (PL). Entre essas medidas estava uma mudança nas visitas em presídios.

Tendo Moro como refém, apontam as investigações, o PCC contaria uma forte moeda de troca na tentativa de negociar a libertação de Marcola, um dos líderes da organização que está preso condenado a mais de três séculos por uma série de crimes.

Além dos oito condenados, outras pessoas haviam se tornado rés no processo. Alguns deles foram absolvidos. Outros dois foram mortos na prisão, em uma possível ação de queima de arquivo por parte do PCC.

Três dos condenados cumprirão pena em regime fechado, com penas que variam entre 11 e 14 anos de prisão. Os outros cinco foram condenados no regime semiaberto, com penas entre 5 e 8 anos de reclusão.

Moro comemorou condenações e pediu novas investigações contra mandante

Em seu perfil no X, Moro comentou a decisão da Justiça Federal. Para o senador, o PCC deve ser tratado como uma organização terrorista. De acordo com Moro, “depois dos ataques em 2006 em São Paulo, assassinatos de policiais penais federais e tentativa de sequestro de senador da república, sobram motivos para tanto”.

Moro seguiu, apontando que ainda falta descobrir quem foi o mandante da ordem de sequestro contra ele. “Agradeço ao MPE/SP, à PF, à polícia de SP e do PR, ao MPF e à JF pelo trabalho realizado. Falta descobrir o mandante do crime e a investigação da PF precisa continuar com este objetivo. Não nos curvaremos a criminosos. Continuarei, no Senado, defendendo lei, ordem e penas severas contra o crime organizado”, disse.

República

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