O Sebrae anunciou nesta quarta (22) que deixará de publicar conteúdos na rede social X, presidida pelo empresário Elon Musk que agora faz parte do governo de Donald Trump nos Estados Unidos. A autarquia, voltada ao apoio ao empreendedorismo, é presidida pelo ex-deputado petista Décio Lima.
“O Sebrae vai deixar de publicar conteúdos no X. Comprometida com a democracia, a instituição segue ativa com orientação e incentivo às pessoas empreendedoras em outras redes sociais”, disse em uma postagem na rede na tarde de quarta (22), a última disponível.
A Gazeta do Povo procurou o Sebrae para se pronunciar oficialmente sobre a decisão de deixar de publicar no X e aguarda retorno. Veja a publicação abaixo:
O Sebrae vai deixar de publicar conteúdos no X.
Comprometida com a democracia, a instituição segue ativa com orientação e incentivo às pessoas empreendedoras em outras redes sociais:
— Sebrae (@sebrae) January 22, 2025
Na postagem, a autarquia anuncia que continuará publicando, entre outras redes sociais, no Instagram, no Facebook e no Threads. Estas plataformas, de propriedade da Meta, estão sob o escrutínio do governo após o empresário Mark Zuckerberg anunciar uma mudança na política de moderação e checagem de conteúdos.
A decisão do Sebrae de deixar a rede social X ocorreu dias depois de Musk passar a fazer parte oficialmente do governo Trump e participar da posse dele no Capitólio, em um movimento que se soma a jornais como o diário francês Le Monde e o britânico The Guardian, e à decisão da Comissão Europeia de investigar a plataforma.
Décio Lima foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidir o Sebrae no começo de 2023, e assumiu o cargo em abril após um intenso trabalho do governo para convencer os diretores da autarquia.
Ele é filiado ao PT desde a fundação da legenda, em 1981, governou a cidade de Blumenau entre os anos de 1997 e 2005 e já foi deputado federal por Santa Catarina entre 2007 e 2019. Lima também presidiu o diretório estadual do partido.
O ex-deputado também se candidatou ao governo do estado em 2018, mas ficou em quarto lugar na disputa. Foi naquele ano que Lula foi preso em meio às investigações da Operação Lava Jato.