O cinema brasileiro conquistou um marco inédito na noite deste domingo (2), quando Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, levou o Oscar de Melhor Filme Internacional. A vitória consagra a primeira estatueta do Brasil na categoria, um feito aguardado há décadas pela indústria cinematográfica nacional.
O longa superou concorrentes de peso, incluindo A Garota da Agulha (Dinamarca), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha), Flow (Letônia) e Emilia Pérez (França). Este último era apontado como favorito, mas teve sua campanha prejudicada por polêmicas envolvendo a protagonista Karla Sofía Gascón, cujas antigas publicações nas redes sociais foram apontadas como racistas e islamofóbicas.
Baseado em uma história real, Ainda Estou Aqui retrata a trajetória de Eunice Paiva após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, durante a ditadura militar brasileira nos anos 1970. Além do prêmio de Melhor Filme Internacional, o longa também foi indicado a Melhor Filme e Melhor Atriz, com Fernanda Torres.
A vitória encerra um longo histórico de indicações do Brasil na categoria, anteriormente chamada de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O país já havia disputado o prêmio cinco vezes, sendo a última com Central do Brasil (1999), também dirigido por Salles e estrelado por Fernanda Montenegro. Outros indicados foram O Que É Isso, Companheiro? (1998), O Quatrilho (1996) e O Pagador de Promessas (1963), mas nenhum havia levado a estatueta para casa — até agora.
Leia Também: Fernanda Torres deslumbra no tapete vermelho do Oscar 2025; veja fotos
Leia Também: Você sabe o maior número de vitórias e indicações alcançadas no Oscar?