Líderes europeus manifestaram solidariedade nesta sexta-feira (28) ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após sua reunião tensa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca.
Durante o encontro, ocorrido mais cedo no Salão Oval, Trump repreendeu Zelensky e o acusou de “desrespeitar” os EUA, além de adverti-lo de que não estava em posição de impor condições para um acordo de paz com a Rússia. O episódio gerou uma onda de apoio a Kiev por parte de líderes da União Europeia, que reiteraram seu compromisso com a Ucrânia diante da invasão russa.
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, foi um dos primeiros a se pronunciar, garantindo que os ucranianos não estão sozinhos.
“Caro Zelensky, caros amigos ucranianos: vocês não estão sozinhos”, escreveu Tusk na rede social X, pouco depois da reunião tumultuada na Casa Branca.
Já o presidente da França, Emmanuel Macron, enfatizou a necessidade de continuar apoiando Kiev e destacou a importância de reconhecer aqueles que resistem desde o início do conflito.
“Temos que agradecer àqueles que ajudaram e temos que respeitar aqueles que estão lutando desde o início, porque eles estão lutando por sua dignidade, por sua independência, por seus filhos e pela segurança da Europa”, afirmou o líder francês.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também enviou uma mensagem direta a Zelensky, exaltando a coragem dos ucranianos.
“Sua dignidade honra a bravura do povo ucraniano. Seja forte, seja bravo, seja destemido. Você nunca está sozinho, querido presidente Zelensky. Continuaremos trabalhando com você por uma paz justa e duradoura”, declarou em sua conta oficial no X.
O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, reforçou o apoio do país à Ucrânia, garantindo que Zelensky pode contar com o governo português.
“A Ucrânia pode sempre contar com Portugal, Volodymyr Zelensky”, publicou no X.
O presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, disse que seu país “está com a Ucrânia”.
“Ucrânia, a Espanha está com você”, escreveu Sánchez na rede social X.
A reunião entre Trump e Zelensky, que deveria formalizar o acordo de minerais, acabou sendo encerrada sem a assinatura do documento. A proposta previa que a Ucrânia compartilhasse 50% das receitas provenientes da exploração de seus recursos naturais com os EUA como parte de um possível acordo de paz com a Rússia. No entanto, após o desentendimento entre os líderes, a Casa Branca informou que o compromisso não foi firmado.
Apesar das tensões, Zelensky manteve um tom conciliador e agradeceu o apoio americano.
“Obrigado, EUA, obrigado por seu apoio, obrigado por esta visita. Obrigado ao presidente dos EUA, ao Congresso e ao povo americano”, escreveu o líder ucraniano no X. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andri Sibiga, reforçou que Kiev continua comprometida com uma paz justa e destacou a resiliência de Zelensky. “Sempre fomos gratos e continuaremos a ser gratos aos EUA por seu apoio”, afirmou.