Estudantes radicais pró-Palestina invadiram nesta quarta-feira (26) o prédio da Barnard College, faculdade de artes liberais afiliada à Universidade Columbia, em Nova York, nos Estados Unidos. Segundo informações da mídia americana, o grupo forçou entrada no edifício Milbank Hall, que integra a faculdade, para protestar contra a expulsão de dois alunos que haviam interrompido uma aula sobre a história de Israel no início do semestre.
Durante o ato, os manifestantes radicais impediram o acesso de estudantes judeus às salas de aula e entoaram cânticos como “intifada” – em referência a insurreição contra Israel – e “Palestina livre”.
A manifestação está sendo organizada pelo grupo Columbia University Apartheid Divest, uma coalizão liderada pelos ramos estudantis do Students for Justice in Palestine e Jewish Voice for Peace, conhecidos por sua postura abertamente anti-Israel. Segundo publicações nas redes sociais, os manifestantes ficaram sentados em frente ao escritório da reitora da Barnard College, Leslie Grinage.
Em uma postagem na rede social X, o Columbia Students for Justice in Palestine, grupo local que participa do protesto e integra o Students for Justice in Palestine, listou exigências para acabar com esta ocupação, que incluem a reversão imediata das expulsões, anistia para todos os alunos punidos por atos pró-Palestina, um encontro público com a administração da universidade e a abolição do sistema disciplinar da Barnard.
A invasão de prédios universitários por manifestantes anti-Israel não é novidade em Nova York. No ano passado, um grupo de estudantes ocupou a Universidade Columbia, o que levou à intervenção da polícia e a várias prisões.
A presidente da Barnard College, Laura Rosenbury, defendeu a decisão da universidade de expulsar os dois estudantes que haviam interrompido a aula de história de Israel no início do semestre. Os alunos expulsos foram flagrados distribuindo panfletos com mensagens antissemitas, incluindo uma imagem de uma bota pisoteando a Estrela de Davi e outra mostrando a bandeira de Israel em chamas. Em comunicado ao jornal New York Post, Rosenbury afirmou: “Quando regras são quebradas, quando não há remorso, reflexão ou disposição para mudar, precisamos agir.”