O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogou um pagamento de US$ 80 milhões destinado ao sistema de asilo para imigrantes de Nova York, parte do Programa de Abrigo e Serviços da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema), segundo o Escritório do Controlador da cidade.
“De manhã, minha equipe de finanças descobriu, de forma chocante, que o presidente Trump e seu colaborador Elon Musk reverteram ilegalmente US$ 80 milhões em fundos da Fema das contas bancárias de Nova York apropriadas pelo Congresso”, disse nesta quarta-feira (12) o Controlador de Nova York, Brad Lander em um comunicado.
Lander pediu ao prefeito democrata Eric Adams que tome medidas legais para “exigir” o retorno desses milhões de dólares aos cofres da cidade. “Esse roubo é uma traição a todos que chamam a cidade de Nova York de lar”, disse o controlador.
Por sua vez, o prefeito Adams afirmou na rede social X que entrou em contato com a Casa Branca para recuperar os fundos e solicitou uma reunião de emergência com a Fema “para tentar resolver o assunto o mais rápido possível”.
A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, também se manifestou sobre o assunto, reivindicando o crédito pela revogação dos fundos. Segundo ela, a Fema estava financiando o Roosevelt Hotel em Nova York para receber imigrantes e, entre outras coisas, o lugar serviria como “base de operações para o Tren de Aragua”, uma gangue transnacional que surgiu nas prisões da Venezuela.
A revogação dos fundos ocorreu poucos dias depois de Elon Musk, que lidera o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), afirmar que a Fema pagou em uma única semana US$ 59 milhões para “hotéis de luxo” da cidade onde os imigrantes ilegais são abrigados, quantia que teria sido pactuada com o governo do ex-presidente Joe Biden.
Ainda nesta quarta-feira, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, anunciou que a gestão Trump entrou com uma ação judicial contra autoridades do estado de Nova York para contestar a falta de cooperação com ações federais contra a imigração ilegal.