Após a derrota do Santos por 2 a 1 para o Corinthians na quarta-feira (12), na terceira partida de Neymar no retorno ao Peixe, o atacante criticou a bola utilizada no Campeonato Paulista. “Desde já, com todo respeito à Penalty, que é patrocinadora da bola (do Paulistão), acho que eles têm que melhorar um pouquinho mais essa bola aí”, disse, ainda no gramado, à TV Record.
A declaração do jogador vai na mesma linha do que já haviam dito Filipe Luís, técnico do Flamengo, e Tite, quando também comandava o Rubro-Negro. O Campeonato Paulista e o Carioca utilizam o mesmo modelo de bola.
“Outro dia o Filipe Luís falou, e eu concordo. Essa bola é muito ruim e tem que melhorar um pouquinho mais para ajudar o nosso campeonato também”, completou Neymar.
O comandante flamenguista reclamou, no último dia 25, sobre a qualidade do material. “O que atrapalha é a bola. Campo estava bom e a bola é horrível. Queria que vocês perguntassem aos jogadores a opinião deles sobre a bola da Penalty. Já joguei com ela e estou vendo eles sofrerem. O que faltou foi a bola em condições”, disparou.
Tite, seu antecessor, já tinha reclamado da bola usada na edição passada do Estadual, mais precisamente após um empate sem gols com o Vasco, pela 6ª rodada, no Maracanã.
“A percepção que eu tenho é só minha. Não falei com os atletas, não. O campo ficou mais rápido, sim, é sempre uma bola mais rápida. Estou relutando para falar que a bola… A bola, oxê maria, é difícil. A qualidade da bola… O problema não é o campo. Às vezes ela varia, traz dificuldade, falo de finesse… A bola é mais (problemática) do que o campo. Não acredito que o campo teve influência, na minha opinião”, disse, à época.
A irritação causada pela bola causou uma movimentação no futebol do Rio de Janeiro.
A Ferj, Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, convocou uma reunião extraordinária para esta quinta-feira (13), às 15h (de Brasília), a fim de realizar um “debate técnico”.
Foram convocados atletas, membros de comissão técnica, representantes de clubes e da empresa fornecedora do material para “esclarecimentos, acertos e ajustes” por conta do que a entidade classificou como “manifestações pontuais, ainda que poucas e subjetivas” sobre a bola.