Data e Hora

PF mira grupo suspeito de alterar penas de presos de alta periculosidade no CNJ

Oito mandados de busca e apreensão são cumpridos nesta quinta (13) em Goiânia, pela Polícia Federal, contra um grupo criminoso suspeito de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para alterar as penas de presos de alta periculosidade.

De acordo com as investigações que levaram à Operação Data Change, o grupo fraudava dados dos sistemas de execução penal e de mandados de prisão para reduzir as penas dos presos, levando à progressão penal para o semiaberto. Após saírem da prisão, eles rompiam a tornozeleira eletrônica.

“Essas alterações indevidas tinham por finalidade adiantar as datas para progressão de regime dos apenados, de modo que estes pudessem progredir, de forma fraudulenta, mais rapidamente do regime fechado para o semiaberto, quando então rompiam a tornozeleira, tornando-se foragidos da justiça”, disse a PF em nota.

A investigação aponta que o grupo inseria documentos falsos para alterar os dados das penas dos detentos – alguns deles condenados a mais de 60 anos de prisão – com indícios de participação de advogados no esquema.

Segundo a PF, integrantes de uma facção criminosa teriam sido beneficiados pelo esquema. Pelo menos 15 processos teriam sido fraudados, mas este número pode aumentar com o desdobramento da investigação.

A Gazeta do Povo procurou o CNJ para dar mais detalhes sobre a invasão e aguarda retorno.

A Polícia Federal informou que as alterações indevidas “foram rapidamente detectadas pelo próprio CNJ que, de imediato, solicitou apuração dos fatos à Polícia Federal, bem como adotou as providências necessárias para segurança dos referidos sistemas”.

Esta não é a primeira vez que se descobre um esquema de acesso indevido aos sistemas de execução penal do CNJ. Entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, o hacker Walter Delgatti teria invadido a ferramenta para adulterar informações supostamente a mando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), entre elas a expedição de um mandado de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinado por ele próprio.

No começo deste mês, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de Delgatti e Zambelli pelas invasões.

República

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