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“Eu quero que o petróleo seja explorado” na Margem Equatorial, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou nesta quarta (12) o desejo do governo de explorar petróleo na região da foz do Rio Amazonas, na altura do estado do Amapá, onde a Petrobras tenta obter o licenciamento ambiental para iniciar as pesquisas necessárias.

O processo está emperrado desde 2023 após sucessivos pedidos de informações e estudos pelo Ibama, que vem segurando o licenciamento por riscos ambientais pela proximidade – de 540 quilômetros – da foz do Rio Amazonas. O campo faz parte da Margem Equatorial, que já tem a exploração próxima pela Guiana Francesa.

“Eu quero que ele [petróleo na região] seja explorado. […] Precisamos autorizar que a Petrobras faça pesquisa, e se depois a gente vai explorar é outra discussão. O que não dá é pra gente ficar nessa lenga-lenga, o Ibama é um órgão do governo parecendo que é contra o governo”, disse o presidente em entrevista à rádio Diário FM do Amapá, onde cumprirá agenda na quinta (13) com o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a quem prometeu a exploração.

Lula disse que terá uma reunião nesta semana ou na próxima com a Casa Civil e com o Ibama para discutir o licenciamento ambiental necessário para a Petrobras iniciar a pesquisa de viabilidade da exploração na região. Esse estudo consiste na perfuração de um poço para analisar a qualidade e o potencial de prospecção de petróleo.

“A Petrobras é a empresa mais responsável, tem a maior experiência de exploração de petróleo em águas profundas, vamos cumprir todos os ritos necessários para que a gente não cause nenhum estrago na natureza. Mas, a gente não pode saber que tem uma riqueza embaixo de nós que não vai explorar para construir a tão sonhada transição energética”, pontuou o presidente.

A exploração deste trecho da chamada Margem Equatorial colocou setores do governo em rota de colisão, principalmente os ministérios de Minas e Energia contra o do Meio Ambiente. Lula e o ministro Alexandre Silveira são publicamente a favor da exploração, enquanto que Marina Silva credita ao Ibama – órgão subordinado à pasta – uma “análise técnica” para liberar a exploração.

O ponto em que a Petrobras pretende perfurar um poço de teste fica a 540 quilômetros de distância da foz do Rio Amazonas, o que minimizaria o risco de um eventual vazamento provocar um desastre ambiental na região. A exploração já consta no Plano Estratégico da estatal para o período de 2024 a 2028 com investimentos totais de US$ 3,1 bilhões para toda a Margem Equatorial.

Apenas neste trecho da Margem Equatorial, se estima uma extração de 6 a 10 bilhões de barris de petróleo, segundo explicou Silveira à Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados em 2023. É uma estimativa semelhante à do pré-sal, de 12 bilhões de barris.

República

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