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Grupos terroristas receberam milhões da Usaid, aponta relatório

A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) forneceu mais de R$ 800 milhões para grupos extremistas vinculados a organizações terroristas, segundo revelou um relatório do think tank americano Middle East Forum.

“O estudo plurianual do Fórum do Oriente Médio sobre os gastos da Usaid e do Departamento de Estado descobriu US$ 164 milhões em subsídios aprovados para organizações radicais, com pelo menos US$ 122 milhões destinados a grupos alinhados com terroristas designados e seus apoiadores”, informou o documento publicado no último dia 4.

O relatório observou especificamente os fundos da Usaid e do Departamento de Estado que acabaram sendo desviados para grupos e organizações que apoiam o terrorismo.

Um dos casos descobertos pelo Middle East Forum está relacionado a uma “instituição de caridade” de Gaza chamada Bayader Association for Environment and Development, vinculada ao Hamas, que recebeu doação de mais de US$ 900 mil (aproximadamente R$ 4,5 milhões) da Usaid.

Segundo o relatório, o patrocínio da organização começou em 2016, e o repasse mais recente foi feito poucos dias antes do Hamas atacar Israel em 7 de outubro de 2023, de mais de US$ 15 mil.

Uma das denúncias do fórum aponta que “autoridades da Usaid elogiaram o trabalho de Bayader nas mídias sociais e até visitaram seus escritórios, onde um alto funcionário da Usaid, Jonathan Kamin, teria recebido um prêmio da instituição de caridade ligada ao terrorismo”.

Outra entidade que recebe financiamento da agência de ajuda externa é a Agência Americana de Refugiados do Oriente Médio (American Near East Refugee Agency – Anera, em inglês). A organização é uma das maiores beneficiárias da Usaid, segundo o documento.

No ano passado, a Anera recebeu cerca de US$ 12,5 milhões dos Estados Unidos. De acordo com o relatório, a agência atua lado a lado com a Bayader Association for Environment and Development e outras organizações ligadas direta ou indiretamente ao Hamas em Gaza.

De acordo com o think tank americano, funcionários da Anera apoiaram repetidamente o massacre do Hamas contra israelenses nas redes sociais, com a divulgação de “ideias violentas, sem censura aparente, inclusive dos principais funcionários da instituição de caridade”.

Alguns comentários defendiam um “clamor a Deus para apagar os judeus” do mundo, enquanto outros expressaram apoio aos “bravos prisioneiros” nas prisões israelenses durante a guerra Hamas-Israel, descrevendo o 7 de outubro de 2023 como uma “bela manhã”.

Outro exemplo que recebeu destaque no relatório do think tank é o da Agência de Ajuda Islâmica (Islamic Relief Agency – ISRA), classificada pelos Estados Unidos como organização terrorista desde 2004 por suas ligações com Osama bin Laden.

No entanto, mesmo com a classificação, a agência recebeu cerca de US$ 125 mil (R$ 628 mil) em 2015, por meio da ONG World Vision, que é acusada de negligenciar as regras de verificação de parceiros.

O Middle East Forum denuncia que a Usaid atua com total falta de transparência, o que contribui com o destino de milhões de dólares a beneficiários classificados como “anônimos” em zonas de conflito, como Gaza e Síria, muitas vezes diretamente vinculados a atores terroristas. O relatório denuncia que a agência de ajuda externa dos EUA opera com práticas de monitoramento deficientes, dados inconsistentes e obstrução de informações.

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