O movimento “#ForaMoraes” está convocando a população para uma passeata e motociata na próxima quarta-feira (12), em São Paulo, em favor da anistia dos presos do 8 de janeiro e pela instalação da CPI da USaid, ONG americana acusada de interferir nas eleições brasileiras de 2022.
De acordo com a convocação, a pauta do protesto também inclui “o fim da Juristocracia” e o “apoio aos perseguidos políticos”. Os manifestantes sairão da Avenida Paulista, em frente ao Masp, e percorrerão o trajeto até a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Para Guilherme Sampaio, um dos líderes do movimento, “a ideia desse evento é mostrar para a Comissão Internacional de Direitos Humanos (CIDH) da OEA o estado de exceção que está implantado no Brasil”.
Ao conversar com a Gazeta do Povo, nesta segunda-feira (10), Sampaio informou que a organização espera um público de aproximadamente 500 pessoas e cerca de 200 motos.
Na quarta, membros da Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da CIDH estarão em São Paulo como parte da programação da primeira visita oficial do órgão ao Brasil para avaliar a situação desse direito fundamental.
A visita do organismo ao Brasil teve início no domingo (9) e deve durar até a sexta-feira (14).
Perfis bloqueados por ordem de Moraes são reativados às vésperas de visita da CIDH
Na sexta-feira (7), dois dias antes do início da visita, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou o desbloqueio das redes sociais do influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark.
Além das redes de Monark, várias outras contas bloqueadas pelo ministro há anos começaram a voltar ao ar.
Uma conta no X do empresário Luciano Hang, bloqueada desde 2020 por Moraes, voltou ao ar no sábado (8). A mesma coisa aconteceu com os perfis do jornalista Guilherme Fiuza e de Bernardo Küster, que tiveram suas redes sociais bloqueadas após serem incluídos no Inquérito da Fake News, conduzido por Moraes.