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‘O Brasil que produz está atrás da porteira’, diz Alceu Moreira

No segundo painel da Abertura Nacional da Colheita da Soja, o foco foi o papel dos biocombustíveis na produção de alimentos e os desafios e oportunidades para o setor agropecuário. O mediador Wellington Andrade, diretor da Aprosoja Mato Grosso, iniciou a discussão parabenizando a Aprosoja MT pelos 20 anos de trabalho e crescimento, ressaltando os desafios enfrentados pelo setor ao longo do tempo.

A primeira questão abordada foi a Lei do Combustível do Futuro, levantada por Wellington ao deputado Arnaldo Jardim. O participante do painel explicou que a reforma tributária representava uma grande ameaça ao setor agropecuário, mas que o esforço conjunto permitiu que o jogo fosse revertido.

O mediador também questionou o deputado Alceu Moreira, deputado federal, sobre os avanços do RenovaBio e sobre como os juros mais baixos poderiam beneficiar o setor. Moreira apontou que, apesar das críticas frequentes ao Congresso Nacional por não entregar resultados imediatos, o trabalho em favor do agronegócio segue constante.

Assim, ele enfatizou a relevância de Mato Grosso como modelo de inovação tecnológica e produtividade no campo. “O Brasil que produz está atrás de uma porteira. Hoje, temos a maior tecnologia possível. Não há ninguém mais receptivo do que o povo da lavoura”, afirmou.

O painel também abordou o crescimento da produção de milho, que tem apresentado uma expansão, tanto em Mato Grosso quanto em outras regiões do Brasil. Bruno Alves, diretor-executivo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), trouxe a relevância do milho na segunda safra e destacou a importância da associação entre os produtores para o êxito do agronegócio. Ele destacou que mais de 90% da produção de milho em Mato Grosso vem da segunda safra, o que evidencia o potencial de crescimento do estado e do país para uma produção agrícola sustentável.

Bruno também sublinhou a necessidade de um marco regulatório sólido para o setor agropecuário, com políticas públicas que incentivem o crescimento da produção e a inovação tecnológica. “Precisamos de políticas públicas que convertam todo o aprendizado que Mato Grosso deu ao mundo em mais dinheiro e desenvolvimento para o estado”, afirmou.

O debate sobre reciprocidade no comércio internacional também foi levantado. Wellington Andrade explicou que a FPA está trabalhando em um projeto na Câmara dos Deputados para garantir a soberania brasileira no setor agropecuário, reforçando que o Brasil deve crescer de acordo com suas próprias regras e políticas. “Podemos expandir nossa produção de alimentos sem ceder a pressões externas”, afirmou Andrade.

Alceu Moreira completou a reflexão sobre a reciprocidade, destacando que a legislação internacional deve ser justa e aplicável a todos os países. Ele frisou que a aceitação de um código florestal global, juntamente com uma lei de reciprocidade, poderia representar um marco regulatório importante, dando ao Brasil maior autoridade e reconhecimento internacional.

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