O Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE), liderado pelo empresário Elon Musk, está conduzindo neste momento uma investigação sobre possíveis fraudes nos programas federais de saúde Medicaid e Medicare. Segundo informações publicadas nesta quarta-feira (5) pelo The Wall Street Journal, membros do departamento estiveram recentemente nos escritórios onde esses programas são administrados para analisar irregularidades no sistema de pagamento e contratação.
O foco da investigação está nos Centros de Serviços Medicare e Medicaid (CMS), órgão vinculado ao Departamento de Saúde dos EUA, responsável pela administração dos programas federais de assistência médica. Além do Medicaid e do Medicare, o CMS também supervisiona o CHIP, programa destinado a oferecer cobertura de saúde para crianças de famílias de baixa renda.
O Medicaid fornece assistência gratuita ou a baixo custo para pessoas em situação de vulnerabilidade, enquanto o Medicare é voltado para idosos com mais de 65 anos e jovens com deficiências graves. O CMS movimenta cerca de US$ 1,5 bilhão anualmente e emprega mais de 6.700 funcionários, muitos deles há décadas no órgão.
A investigação do DOGE tem como objetivo examinar a estrutura organizacional do CMS, os fluxos financeiros e a alocação de funcionários para identificar o que considera desperdício e fraudes no sistema. De acordo com o The Wall Street Journal, os agentes do departamento de Musk estão analisando em detalhes os gastos e contratos firmados dentro do programa.
A presença de Musk no governo tem sido marcada por ações rápidas para reformular diversas agências federais, incluindo o Departamento do Tesouro e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Membros do DOGE têm tido acesso a informações internas e proposto cortes significativos em áreas que consideram excessivamente burocráticas e onerosas para os cofres públicos.
Até o momento, representantes do DOGE ainda não tiveram permissão para acessar bancos de dados contendo informações de identificação pessoal dos beneficiários do Medicare e do Medicaid. Entretanto, a iniciativa reforça a política de austeridade defendida pelo governo Trump, que tem promovido cortes e auditorias para garantir maior transparência e eficiência no uso dos recursos públicos.