SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Flamengo fechou um acordo com a família de Christian Esmério, uma das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu. Eles eram os únicos que ainda não haviam chegado a um consenso com a diretoria anterior.
O time afirmou que o acordo “era prioridade máxima da atual administração”. As conversas foram abertas no final do mês passado.
O processo estava em curso na Justiça do Rio de Janeiro. O episódio aconteceu em 8 de fevereiro de 2019 e matou 10 jovens das categorias de base.
Em fevereiro do ano passado, o Flamengo foi condenado a pagar cerca de R$ 3 milhões aos pais do jogador e ao irmão dele -a decisão do André Aiex Baptista Martins apontava que cada um dos pais de Christian teria direito a R$ 1,412 milhão de indenização, além de uma pensão de R$ 7.000 por mês. Já Cristiano Júnior, irmão do goleiro, tem direito a R$ 120 mil.
Tanto o clube quanto a família de Christian recorreram da decisão à época. Um dos pontos de incômodo dos familiares é com o fato de entrarem para a folha mensal de pagamento do clube. “Ficar vinculado ao clube embargado, por mais de 25 anos, é o mesmo que reviver, mensalmente, o trágico incêndio”. O clube, por sua vez, contestou valor da pensão.
E AS OUTRAS FAMÍLIAS?
Os acordos aconteceram entre o período pouco após o incêndio e dezembro de 2021. O último trato foi com Rosana de Souza, mãe de Rykelmo. O pai do jogador fez negociação separada e foi um dos primeiros a fechar com o clube. Por isso há um total de 10 acordos fechados diretamente entre clube e familiares.
Os valores dos acordos foram mantidos em sigilo. As cifras que envolveram os documentos não foram divulgadas por clube ou familiares, mas os valores variam de família para família.