O dólar comercial caiu 0,76% e terminou a sessão desta terça-feira (4) cotado a R$ 5,771 na venda. Após bater uma série de altas recordes no fim do ano passado, esta é a 12ª queda consecutiva.
Na mínima do dia, a moeda americana foi negociada a R$ 5,757, na máxima bateu R$ 5,827.
A desvalorização do dólar frente ao real ocorre em meio ao recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de um “tarifaço”. Nos últimos dias, o republicano anunciou que cobraria 25% sobre produtos de México e Canadá.
No entanto, a taxação não chegou a entrar em vigor, já que Trump fechou acordos com os dois países para suspender a medida por um mês.
Além disso, a China anunciou tarifas de 10% a 15% sobre alguns produtos dos EUA a partir de 10 de fevereiro, depois que Trump determinou taxas adicionais de 10% sobre itens chineses.
No cenário interno, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil divulgou, nesta manhã, a ata da última reunião com alertas sobre os riscos da política fiscal do governo e a piora do cenário de inflação.
Na semana passada, o Copom elevou a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto porcentual (pp), para 13,25% ao ano.
A escalada do dólar começou no dia 27 de novembro com o anúncio do pacote fiscal do governo. Junto com medidas para a contenção de gastos, o Executivo anunciou a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.