O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu nesta terça-feira (4) o compromisso fiscal da casa legislativa e afirmou que não há ambiente econômico para avançar com projetos de aumento de arrecadação do governo.
Motta foi questionado sobre as pautas econômicas após uma reunião da bancada do Republicanos na manha desta terça-feira (4). Ele declarou que o melhor caminho é “rever gastos”e ter mais “responsabilidade com as despesas”. Ele apontou que a “agenda boa”será a que trata de redução de gastos.
“Talvez a agenda boa para o país não seja mais essa, a agenda boa seja de poder tratar da responsabilidade fiscal sobre outros aspectos, rever um pouco a questão dos gastos, mais responsabilidade com as despesas, porque é isso que todo o setor privado está esperando para poder entrar entrarmos em uma situação em que o juros não esteja crescendo tanto como está, para termos um controle sobre o dólar”, afirmou o presidente eleito.
Outro ponto de preocupação apontado por Motta foi em relação ao ambiente externo, com a eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o que pode impactar nas decisões econômicas. “Vamos ter que aguardar as consequências disso no Brasil. Mas esse cenário todo nos obriga, e eu incluo o Parlamento, a sermos mais eficientes nesse ponto de economia. Temos um cenário de um curto prazo de muitas incertezas, essa agenda (econômica) deve estar na ordem do dia como prioridade”, explicou Motta.
Segundo o parlamentar, os parlamentares já ajudaram muito o governo com a aprovação de projetos no ano passado que aumentam a arrecadação.”Em 2024 temos uma perspectiva de que o governo bata todos os recordes de arrecadação”, disse Motta.
“Como presidente da Câmara temos total disposição de ajudar o Poder Executivo, para o Brasil sair dessa turbulência e ir para um cenário de controle inflacionário, redução da taxa de juros, controle do preço do dólar, e termos condições do país voltar a ter um crescimento mais sustentável. Imagino o que é esse país ideal”, complementou.