O primeiro ano da gestão de Javier Milei como presidente da Argentina foi marcado por um duro corte de gastos públicos, que resultou na demissão de quase 38 mil funcionários públicos, um número que inclui trabalhadores da administração estatal, funcionários de empresas públicas e membros das forças de segurança, de acordo com dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (30).
O ministro da Desregulamentação e Transformação do Estado, Federico Sturzenegger, divulgou os números por meio de seu perfil na rede social X e enfatizou que “a redução dos gastos públicos é o que possibilita a redução dos impostos sem comprometer o equilíbrio fiscal”.
O detalhamento do total de 37.595 funcionários públicos que perderam seus empregos desde que Milei assumiu o cargo em dezembro de 2023 mostra que mais da metade – 22.302 – pertencia à administração do Estado. Do restante, 12.410 eram trabalhadores de empresas públicas e 2.883 trabalhavam como militares e membros das forças de segurança.
Após os cortes de empregos do último ano, a administração pública passou de cerca de 230 mil funcionários para uma equipe de cerca de 208 mil, enquanto a equipe das empresas públicas caiu de cerca de 110 mil para cerca de 98 mil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
Em 31 de dezembro de 2024, o governo de Milei estabeleceu um novo regime de contratação para o setor público que proibiu novas nomeações e contratações em nível nacional, estabeleceu uma duração máxima para os contratos e insistiu na necessidade de passar por um teste de aptidão para conseguir um cargo, entre outras medidas.